A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma doença endócrina que acomete diversos sistemas no corpo da mulher. A paciente que possui o problema observa que tem ciclos menstruais longos, podendo ficar meses sem menstruar, além de ter oleosidade e acne na pele e outros fatores. A ginecologista Bianca Bez Batti De Pellegrin explica que por conta do nome é comum pensar que a doença acomete somente os ovários, sendo que, na verdade, o problema afeta todo o corpo da mulher. Bianca esclarece que há três pilares que podem indicar uma Síndrome de Ovários Policísticos: menstruação com ciclo mais longo; hiperandrogenismo; e o padrão policístico mostrado em exames.

Mulheres que possuem o problema podem ficar meses sem menstruar ou até mesmo menstruar somente duas vezes ao ano. Além disso, a mulher pode apresentar alto nível de hiperandrogenismo, que é o hormônio responsável pela acne, oleosidade no rosto e no cabelo, além de deixar os pelos da mulher com um padrão mais escuro e grosso. O termo “policísticos” é por conta dos vários cistos, um tipo de bolinhas, que estão dentro do ovário. “Só que mais uma vez, não é uma doença exclusiva dos ovários, então não é só isso que basta para a gente ter diagnóstico para poder fazer o tratamento”, ressalta a médica sobre os cistos.

A doutora Bianca participou de entrevista no programa Ponto de Encontro e explicou mais detalhes. Ouça mais:

Parte 01

 

Parte 02

 

A ginecologista ainda explica que o diagnóstico é feito através de exame de imagem, o ultrassom. “Desses três pilares que a gente falou, a gente precisa ter dois presentes e excluir outras possibilidades, porque às vezes eu tenho uma doença suprarrenal, por exemplo, que fazem exatamente os mesmos sintomas. A gente coloca a culpa na Síndrome dos Ovários Policísticos e, na verdade, é outra coisa. Então eu tenho que ter dois daqueles três pilares”, comenta.

Bianca afirma que o melhor tratamento existente para a síndrome é a mudança de estilo de vida, ou seja, atividade física e alimentação adequada. Não há cura para a síndrome, somente tratamento que ajuda aliviar os sintomas da doença. “Estou fazendo atividade física, perdi peso, estou cuidando da minha alimentação, mas a minha menstruação continua bagunçada: eu posso fazer medicação para regular essa menstruação. ‘Ah, mas ainda estou com muita acne’: eu posso fazer tratamento voltado para a acne. Então o remédio em si, é tratar os sintomas”, exemplifica.

Se não tratada a síndrome, a doença pode evoluir para outros problemas, como aumento do risco de pressão alta, problemas de colesterol, infarto, AVC, e o aumento de desenvolver o câncer de endométrio. Bianca ressalta que é necessário que a paciente tenha o controle e faça acompanhamento com um especialista. “Porque lá na frente a gente por ter complicação séria, até essa paciente quando for engravidar, por exemplo, ela tem mais risco de ter complicações durante o pré-natal”, completa.

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Foto: Gustavo Marques / Rádio Marconi