O verão é a época em que as chuvas se tornam mais frequentes, podendo acumular água em superfícies, sendo locais propícios para o mosquito Aedes aegypti. Por isso, especialistas alertam para o diagnóstico precoce da dengue, já que o inseto é o transmissor da doença. De acordo com o médico infectologista Claudilson Bastos, existem ao menos quatro sorotipos da dengue, que possuem sintomas semelhantes, mas também apresentam diferenças.

Conforme o especialista, para se ter um diagnóstico mais rápido da doença é preciso que a pessoa se atente a alguns fatores, principalmente na parte epidemiológica. Isso porque o paciente deve saber em quais locais esteve, como em meio a matas, em enxurradas, se há locais de construção próximo à residência ou outros espaços com possíveis acúmulos de água. Ouça mais na entrevista completa realizada com o doutor Claudilson. Confira:

 

O doutor ainda explica que existe duas fases da dengue. “Nos primeiros três dias da doença, até no máximo cinco dias dos sintomas, você tem um teste rápido, NS1 que chama, para você diagnosticar a fase inicial. Depois do quinto dia, existe um outro teste, que é de anticorpos, que aí você também pode dosar, mas depois de cinco, sete dias, geralmente, a fase da dengue, ela é de sete dias, o quadro clínico. Então, se você diagnosticar antes é melhor, para você já ter esse diagnóstico e você hidratar, repouso, observação, monitoração, exames laboratoriais”, ressalta Claudilson.

Conforme o infectologista, se não tratada a tempo, a dengue pode se tornar grave. “É súbito, pode aparecer subitamente, ou seja, você está bem, você está com dengue e não sabe, está com esses sintomas, e de repente você tem uma hipotensão, de repente você tem vômitos, assim persistentes, de repente você tem uma dor abdominal persistente, isso são sinais de alerta, sinais de alarme”, frisa o doutor.