Por: Edi Carlos De Rezende

Os comerciantes de Urussanga realizaram manifestação (pacífica), nesta quarta-feira (30), em apoio aos caminhoneiros. Em reunião, na última segunda-feira (28), ficou decidido que as lojas associadas a Câmara de Dirigente Lojistas (CDL) da cidade fossem fechadas nesta quarta-feira. O não funcionamento do comércio, de acordo com a Presidente da CDL, Scheila Bosa, seria em razão não só pelo apoio aos caminhoneiros, mas também porque a população está indignada com a situação atual do País com muitos impostos, desvios do dinheiro público, falta de incentivos etc.

O ato de protesto iniciou, às 09 horas, em frente ao Ginásio de Esportes Centenário, no bairro Estação. As pessoas saíram em caminhada, a partir das 09h15min, muitas vestidas de verde e amarelo e com bandeiras do Brasil enroladas no corpo. Um carro de som deu apoio ao movimento que revezava oradores incitando palavras de protestos, pedidos de baixa de preços da gasolina. Uma faixa com os dizeres “Vem pra rua! É hora de lutar por um país mais junto” abriu a passeata, acompanhada, logo atrás, de uma enorme Bandeira do Brasil (levada por representantes do comércio urussanguense). A caminhada seguiu, pela Avenida Presidente Vargas e Praça Anita Garibaldi, passando pela Almirante Barroso até a rodovia SC-108 (que liga Urussanga à Orleans). O objetivo era estar junto com outro grupo de pessoas, entre caminhoneiros e população, que se reúne desde quarta-feira (23), próximo ao trevo do bairro Nova Itália.

“Muitas pessoas vieram exercer o seu papel de cidadão brasileiro. Viemos pedir a baixa dos tributos. Precisamos de um país melhor. Estamos todos juntos nesta passeata. Agradeço a todos que vieram. É muito importante. Temos que ir às ruas para tentar salvar os nossos direitos”, ressalta a presidente da CDL Scheila Bosa.

O ato ganhou apoio do poder público de Urussanga. “Não venho só como político, mas como cidadão brasileiro. Acho que tem muitas coisas erradas na nação. Ouvimos muito que o povo não sabe o que quer. Mas o que sei é que o povo não quer mais corrupção, temos que melhorar o Brasil”, alerta o vice-prefeito Décio Silva. Para o Presidente da Câmara de Vereadores de Urussanga, Odivaldo Bonetti, toda a manifestação cívica e pacífica é válida. “Esta manifestação Urussanguense é digna de arrepios. Os governantes têm que entender que não podemos mais ter privilégios políticos e o povo estar passando fome”, comenta ele.

A comerciante Albertina expressou a sua opinião. “A gente tem que participar e colaborar com a causa, com os caminhoneiros. Não considero que fechar a loja seja uma perda. A manifestação é para ganhar”, afirma a proprietária de uma loja de roupas.

Valdecir Miotello diz: “É o momento de lutar, de pedirmos igualdade social. Pedir mais saúde, educação melhor e o fim da corrupção. É o momento de todos se unirem e ir às ruas para lutar por um Brasil melhor”, convida o comerciante.

Às 11 horas o Padre Daniel Pagani (Pároco da cidade) compareceu no ato. Uma benção foi solicitada pelos comerciantes, assim concedida pelo padre. “Temos que lutar sim, não com violência. Só unidos que vamos conseguir que nossos objetivos sejam atendidos. O preço justo, mais saúde, mais educação precisamos e vimos cada vez menos no país. Vamos pedir a Deus a inteligência para termos os argumentos certos, assim conseguindo mostrar a verdade para os que não estão cumprindo certo com a nossa sociedade”, alerta o religioso.

O Repórter Marconi, Edi Carlos, acompanhou as manifestações, ouça:

 

 

Imagens

Fotos: Edi Carlos De Rezende / Repórter Marconi