O Setembro Dourado é uma campanha que objetiva a conscientização do câncer em crianças e adolescentes. Em Criciúma, a Casa Guido promove diversas ações durante o mês com a finalidade de divulgar o tema e a sua importância. Além das atividades já realizadas nas últimas semanas, como divulgação de dados no Legislativo criciumense e de uma ação na Praça Nereu Ramos, a Casa Guido se prepara para mais um evento. É a segunda edição da Noite Dourada, que acontece no dia 28, e contará com a presença de diversos especialistas para discutir sobre o tema.
Todas essas ações, conforme o colaborador da equipe de Diagnóstico Precoce da Casa Guido, Schneider Neves, têm foco em alertar cidadãos e profissionais, especialmente das áreas da saúde, assistência social e da educação, para que estejam atentos e possam buscar avaliação médica de forma imediata. “O resultado de uma população mais atenta sobre o assunto, consciente de que o câncer em crianças e adolescentes existe e pode acontecer na casa de qualquer um de nós, será uma região com menores índices de mortalidade e maior índice de cura, reflexo de casos sendo identificados e tratados de forma precoce”, explica Schneider, que há um ano atua levando informações a cidades de toda a região com o projeto Capacitar para Salvar.
Os dados científicos, conforme a doutora, Lisienny Rempel, pesquisadora na área e coordenadora do Programa Diagnóstico Precoce, apontam a eficácia de um tratamento que começa de forma antecipada. “Não há dúvidas de que o caminho é conscientizar. Diferentemente do câncer em adultos, nas crianças e adolescentes não há prevenção, mas há formas de melhorar muito o prognóstico: e é reconhecendo sinais e sintomas, buscando ajuda e recebendo o atendimento correto, com investigação real. Isso salva vidas, literalmente”, acrescenta.
O programa Ponto de Encontro abordou mais sobre o tema em entrevista. Saiba mais:
Parte 01
Parte 02
Dados que chamam a atenção e representam o alerta
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, o câncer infantojuvenil representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos. “Com o diagnóstico precoce, em torno de 80% desses pacientes poderão ser tratados adequadamente com a doença ainda no início e com chances importantes de cura”, explica Lisienny.
Segundo a Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (Sobope), a taxa de cura do câncer infantojuvenil no Brasil ainda deixa a desejar em função da descoberta tardia da doença. “Porém, graças aos avanços de pesquisas e novos protocolos de tratamentos, a possibilidade de cura é muito maior quando a doença é descoberta logo no começo”, completa.
Chamar a atenção para esta pauta, para o presidente da Casa Guido, Rogério Campos, está entre os objetivos da Instituição que pretende, muito mais que levar assistência, colaborar para que seja possível melhorar os índices de cura da região. “Buscamos oferecer melhor qualidade de vida aos pacientes em tratamento em toda a região, na Amrec, na Amesc e na Amurel, mas, mais que isso, fazer com que o futuro seja de índices melhores, o que também é fruto de uma população mais bem informada”, pontua.
Colaboração: Mayara Cardoso / Assessoria de Imprensa
