O Setor Carbonífero marcou presença na Sessão Itinerante da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, que iniciou nessa terçam dia 2, e encerra nesta quarta-feira, dia 3. A presidente do Sindicato da Indústria da Extração de Carvão do Estado de Santa Catarina (Siecesc), Astrid Barato, reforçou para os parlamentares a importância da implantação de um plano para a Transição Energética Justa. “É necessário estabelecer um plano de transição energética justa para reconversão econômica da região, atraindo novas economias para a implantação de novas indústrias ligadas à mineração de carvão, sem a liberação de gases do efeito estufa”, comentou a presidente do Siecesc-Carvão+, em discurso na tribuna da Sessão.

Astrid agradeceu os parlamentares pelo apoio na aprovação da Lei  Estadual nº 18.330/2021, que criou a política de transição energética justa no estado, e pediu apoio dos para que a lei seja implementada. “Estaremos sempre prontos para colaborar com os projetos de Transição Energética Justa, mantendo nossa contribuição para a economia de Santa Catarina, gerando emprego, desenvolvimento sustentável e produzindo combustível necessário para a geração de energia e novos produtos de nossa indústria que muito nos orgulha”, destacou a presidente do Siecesc-Carvão+.

O Setor Carbonífero já vem atuando na busca pela Transição Energética Justa através de uma parceria com o Centro Tecnológico da SATC, onde estão em desenvolvimento diversas pesquisas como a captura de CO2. A indústria atua, também, na recuperação ambiental, sendo que 55% das áreas afetadas já passaram ou passam por intervenções visando a recuperação. Um dos casos é o Parque do Imigrante, em Criciúma, que foi construído em uma área recuperada ambientalmente.

“Planejamento e programação eficazes, boa governança, engajamento com os stakeholders e economia local são pré-condições para atrairmos investimentos privados, sustentáveis e de longo prazo. Definir a governança provou ser um dos principais fatores de sucesso de uma transição bem-sucedida. Financiamento público também será necessário como uma das ferramentas de habilitação para implantar infraestruturas, de modo geral, facilitar a transição e gerar novos produtos de valor agregado a partir do carvão”, pontuou a presidente do Siecesc-Carvão+.

A Transição Energética Justa é uma das demandas presentes no documento entregue aos parlamentares pela Associação Empresarial de Criciúma (ACIC), dentre as mais importantes do Sul catarinense. Recentemente a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Economia Verde iniciou a elaboração do plano de Transição Energética Justa e celebrou um acordo de cooperação técnica com a SATC.

Atualmente, o Setor Carbonífero gera 21 mil empregos diretos e indiretos e movimenta cerca de R$ 6 bilhões na economia do Sul catarinense. O carvão produzido é levado ao Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo, para produção de energia e é transportado através da Ferrovia Tereza Cristina.  O setor engloba 15 municípios e impacta em diversas atividades econômicas.

Colaboração: Lucas Colombo / Assessoria de Imprensa