Mais de um mês depois do anúncio do retorno das obras de duplicação da SC-108 entre Urussanga e Criciúma, passando por Cocal do Sul, não há previsão para que os trabalhos retornem. Mesmo sem um prazo definido, o coordenador regional Sul de Infraestrutura do Estado de Santa Catarina, Ademir Honorato, afirmou que a obra está no radar do Governo. O anúncio de que as obras retornariam no dia 1° de dezembro foi feito pelo prefeito sul-cocalense, Fernando De Fáveri (MDB), após uma reunião com o governador Jorginho Mello (PL) CLIQUE AQUI E SAIBA MAIS. Segundo o coordenador, a obra de quase 16,5 quilômetros, com o valor até então de R$ 222 milhões, sofre com questões burocráticas, principalmente com desapropriações e fatores ambientais.

Conforme Ademir, somente em um trecho de 9 quilômetros, onde será feito o Anel de Contorno Viário, em Cocal do Sul, uma faixa de 60 metros será desapropriada. “Isso dá 470 mil metros quadrados, são 47 hectares de terra que vão ser desapropriados”, explica o coordenador. Honorato ainda acrescenta que as desapropriações ultrapassam o valor de R$ 40 milhões. “Se for anotar é uma obra de R$ 300 milhões, então seria a maior obra do estado”, complementa. A duplicação desse trecho da SC-108 foi iniciada no fim de 2022, e parada no início de 2023 com a troca do Governo do Estado.

O coordenador afirmou que o projeto para a duplicação foi pego pelo novo governo faltando questões importantes. “Aqui foi pegado, dado a ordem de serviço, começado a fazer essa escavação, mas não tinha nada desse ponto da desapropriação”, comenta. O assunto foi destaque em entrevista no programa Comando Marconi dentro do quadro Retrospectiva 2023. Ouça abaixo o trecho em que Ademir fala sobre as obras da SC-108. Ao final da matéria confira o restante da entrevista, contando com outros assuntos, na íntegra. Ouça:

 

Honorato também destaca que a obra é importante para o desenvolvimento da região Sul catarinense. O coordenador comentou sobre o planejamento de Cocal do Sul de fazer uma nova área industrial nas proximidades onde o Anel de Contorno Viário será construído. “Infelizmente, nesse momento, não tem como, juridicamente não tem como, tem tudo isso para fazer, essas desapropriações e tudo mais”, afirma. No entanto, o coordenador garantiu que a obra está no leque de serviços do Governo do Estado através do programa Estrada Boa. Porém não há ainda um prazo definido para o retorno das obras.

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