Há quase 60 anos, uma tragédia mudava a história da Itália e de seus descendentes no Brasil. Era a Tragédia de Vajont, em Longarone, no norte do país. Na noite do dia 9 de outubro, uma parte do Monte Toc caiu em um lago artificial da represa de Vajont, gerando um deslizamento sobre a cidade. “Uma tragédia em si não é exatamente uma lembrança da obra, mas sim das pessoas que faleceram naquela tragédia. Nós tivemos praticamente 2 mil mortes naquela noite de 9 e outubro de 1963”, ressalta o jornalista e historiador Júlio Cancellier, que desenvolveu uma importante pesquisa sobre o tema.

Em seu estudo, Júlio destacou os sobrenomes das famílias das vítimas da tragédia. Os nomes se assemelham com as famílias que hoje vivem no Sul catarinense, descendentes dos imigrantes italianos. “A comunidade de Urussanga sentiu muito, porque em uma noite, por exemplo, famílias praticamente inteiras com os mesmos nossos sobrenomes foram dizimadas”, comenta. Sobrenomes como Fontanella, De Lorenzi, Furlan, Mazzucco, Teza, Bonetti, foram famílias afetadas pela tragédia há 60 anos. O assunto foi destaque no programa Ponto de Encontro. Confira:

 

No próximo mês, uma comitiva do Sul catarinense estará presente na Itália participando de atos que irão lembrar os 60 anos da tragédia. Os atos contarão com a presença do presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, do sindaco di Longarone, Roberto Padrin, da presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola. Além disso, a presença do Papa Francisco também é esperada.

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