A nova diretoria do Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Urussanga, detalhou o impasse envolvendo o aporte financeiro por parte da prefeitura. Conforme já divulgado em matéria pela Rádio Marconi, a diretoria havia conversado com membros da administração sobre esse aporte financeiro, ainda na terça, dia 22. Porém, minutos antes da realização da Assembleia Geral Ordinária, na quarta, dia 23, os membros da diretoria ficaram sabendo que a prefeitura voltou atrás e que há a possibilidade de não haver mais o aporte acordado. A prefeitura faz o repasse mensal de R$ 200 mil para os serviços do pronto-socorro do hospital. Esse valor permanece e será repassado mensalmente de forma normal. O que há dúvida é referente ao valor de R$ 40 mil e o pagamento do 13º salário dos colaboradores, como foi solicitado pelo hospital.
Em entrevista, a nova vice-presidente, Magaly Bonetti Mazzucco, explicou que, mensalmente, a prefeitura faz o repasse de R$ 200 mil para o hospital, destinado a manutenção dos serviços do pronto-socorro. Ainda durante as eleições municipais, a diretoria conversou com os então candidatos para falar sobre as expectativas para 2025. “A projeção para esse ano seria esse repasse em torno de R$ 200 mil, R$ 40 mil e o 13° da entidade, sem contar, claro, aquele apoio de sempre, não só o apoio financeiro, mas também o apoio moral para a entidade, relação”, disse.
Magaly contou que essa projeção foi informada antes mesmo da formação de uma chapa para concorrer à eleição da diretoria, que foi eleita por aclamação nessa semana. “A gente estava aguardando um retorno do município, como é que isso ia acontecer, como é que ia ficar, mas esse retorno meio que não chegou até o momento da assembleia, até o momento, por exemplo, de inscrever uma chapa”, comentou. “Oficialmente a gente não tem uma resposta de como é que essa questão vai funcionar, por isso que essa chapa foi eleita na quarta-feira à noite, mas constou na ata de que vai ficar 60 dias na direção do hospital, porque a nossa assembleia, para eleger uma chapa nova, precisa de 30 dias de prazo. Então a gente aguarda que nesses próximos 30 dias possa haver um contato, para que a gente construa uma relação com o município, que fique bom para as duas partes e aí essa chapa vai decidir se fica ou se daqui a 30 dias chama uma nova assembleia”, acrescentou.
O assunto foi abordado com mais detalhes em entrevista com o presidente do hospital, Agostinho Vendramini, e com a vice Magaly. Os representantes da diretoria também detalharam uma prestação de contas da entidade e os serviços que já foram realizados nos últimos meses. Ouça na íntegra e entenda mais:
Parte 01
Parte 02
A vice-presidente afirmou que o hospital realiza uma gama de serviços de rede. “Vou dar um exemplo, agora nesse período parece que está tendo alguma dificuldade de serviços com laboratórios. O paciente está indo para dentro do hospital para fazer exame clínico”, disse. “O próprio atendimento que é feito no hospital, como entidade filantrópica, beneficente, a gente tem que fazer o pronto-socorro, urgência e emergência. Mas a gente faz rede também, porque se essa pessoa não pôde ir no posto só durante o dia, ou não tinha quantidade de números, não existia uma UPA no município, a pessoa vai lá no hospital, a gente atende. Só que é mais uma pessoa que está no pronto-socorro também. Isso aumenta a fila, isso aumenta o tempo de espera, isso cobra da gente, da diretoria, mais serviço, mais efetividade, contratar mais gente, buscar mais dinheiro. Então é preciso entender que uma coisa puxa a outra e, para a gente ter uma pequena tranquilidade, porque é puxado, peleado, mas vamos dizer assim, para gente poder trabalhar com uma certa retaguarda, a gente precisa entender qual vai ser a relação do hospital e do município”, destacou.
Relembre: