A Diretoria de Cultura de Urussanga está para retomar suas atividades culturais gratuitas. As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas de duas maneiras: on-line, através do site da prefeitura de Urussanga (urussanga.sc.gov.br), ou presencialmente, na Secretaria de Cultura, localizada no Parque Municipal.

Nesta primeira etapa, serão oferecidas aulas nas seguintes modalidades: balé, dança urbana, violão, piano, língua italiana e teatro. Outras atividades, como acordeom, cerâmica, danças folclóricas e canto coral estão aguardando uma segunda chamada pública, que foi publicada nesta semana, para serem contempladas posteriormente. A diretora de Cultura, Maria Alice Júlio Batista, falou mais do assunto em entrevista. Confira:

 

O secretário de Cultura, Esportes e Turismo, Eriqui Niclele, comentou sobre os esforços para o retorno das oficinas de cultura e aulas de esportes, afirmando que desde que assumiu o cargo vem trabalhando para que essas atividades estivessem funcionando. Ele acredita que até o próximo mês as aulas já estarão em andamento.

A diretora de Cultura informou que após a convocação dos profissionais, haverá uma reunião para decidir os dias e horários das oficinas. Ela destacou que todos estão muito ansiosos pelo retorno das atividades, mas enfatizou que o objetivo é oferecer uma gestão responsável, tanto com a sociedade quanto com o dinheiro público. Acesse aqui.

Sistema Municipal de Cultura

Uma das novidades no setor cultural de Urussanga é a criação do Sistema Municipal de Cultura. O projeto do Executivo foi aprovado por unanimidade no Legislativo nessa terça-feira, dia 25. De acordo com Maria Alice, os fazedores de cultura esperaram por anos a criação do sistema. “Agora a gente começa a trabalhar de verdade mais alicerçados, conselho, que vai ter que ser reformulado porque é um sistema, o fundo municipal, que é uma conta própria (…) e o plano decenal”, comentou. “É importante falar que tudo isso com transparência e segurança jurídica, que era o que a gente não tinha”, complementou Vanessa Lopes.

O uso do Parque Municipal

Dois vereadores apresentaram um projeto que trata da isenção de entidades, organização e instituições filantrópicas do pagamento de contrapartida financeira ao município em razão da concessão de uso dos espaços públicos no Parque Municipal Ado Cassetari Vieira. A iniciativa foi proposta por Odivaldo Bonetti (PP) e Ademir Bonomi (MDB). O assunto ia ser votado já nessa semana, mas o Conselho Municipal de Políticas Culturais de Urussanga fez um pedido para que haja mais tempo para discussões e apreciação do projeto. Os vereadores acataram e adiaram por duas sessões para discussões. O assunto também foi abordado em entrevista. Ouça:

 

Em entrevista, a presidente do conselho, Vanessa Lopes, afirmou que a pauta não foi debatida o suficiente. “A gente conversou com diversas pessoas, a gente ficou sabendo na noite anterior da votação que ela ia acontecer, aí a gente, claro, se ateve ao texto, e o texto não foi suficiente para gente compreender o que tava acontecendo. E aí pergunta para um vereador, pergunta para um outro, conversa aqui, conversa com lá, alguém está sabendo? As instituições que participam do conselho não estavam sabendo, as entidades, enfim, a gente só queria entender o que está acontecendo porque já tem um ano que a gente vem debatendo a questão do Parque Municipal, buscando soluções, buscando compreender o problema para tentar endereçar, ter um diagnóstico da situação para tentar endereçar soluções que sejam corretas. Aí quando aparece uma coisa que a gente não estava sabendo, que não foi discutida, a gente só queria ampliar esse debate, porque se a gente que é do conselho não está entendendo, eu imagino que a sociedade civil, que a população também não esteja sabendo de nada do que está acontecendo”, comentou.

Para Vanessa, o Parque Municipal é um complexo cultural. Porém, o espaço possui alguns problemas que resultam em seu abandono. “Um monte de sede de entidade que não é usada, que fica lá, que contribui pra essa situação de abandono também, que não tem manutenção, não tem atividade, que não seja durante as festas. Então, um lugar que deveria ser um parque, um local para a população, que pagou caríssimo, eu não sei se as pessoas sabem, mas o parque terminou de ser pago em 2019, foi pouco tempo atrás. Ele custou muito caro para a população, para ele estar lá abandonado, servindo de depósito da Secretaria de Obras, porque era isso que estava acontecendo”, disse.

A presidente do conselho ainda destacou que a questão da iniciativa dos vereadores ainda é um imbróglio. “A gente tem total consciência da falta de planejamento a curto, médio e longo prazo e gestão. É isso que a gente está precisando. Não tem problema nenhum que a gente discuta e que se decida numa ampla discussão a isenção para as entidades. Não só para as filantrópicas, mas enfim. Mas a gente tem casos de entidades que já estão desfeitas e estão sublocando seus espaços. Então tem todo tipo de caso. E no caso da lei que ontem a gente pediu adiação exatamente pela falta de… a gente não entendeu quais são esses critérios de isenção. Como é que funciona? Por que é pra uns, não é pra outros? Quem que vai cobrar isso? Quem que vai acompanhar? A gente não tem nenhuma comissão de fiscalização para acompanhar essas contrapartidas. Assim como, por outro lado, a gente entende das entidades que também não podem ficar sabendo dois dias antes da festa de uma cobrança arbitrária, de um valor que é muito alto, que senão não vai fazer a festa e já tá com tudo pronto pra fazer a festa. Então tem esses dois lados. Isso é falta do quê? Planejamento e gestão”, comentou.

A Rádio Marconi voltará a falar sobre o assunto nesta quinta-feira, dia 27, com os vereadores que propuseram o assunto.