Uma ocorrência de violência doméstica chamou a atenção de alguns moradores de Urussanga na noite dessa terça-feira, dia 15. A Polícia Militar foi acionada por volta das 20h30 para atendimento de uma ocorrência na praça Anita Garibaldi. Segundo a guarnição, um homem fez o acionamento no 190 informando que havia sido agredido pela sua companheira. No local, os policiais conversaram com o solicitante, que possuía alguns cortes no rosto e alegou que foi agredido com uma garrafa de vidro por sua companheira enquanto dormia. O Corpo de Bombeiros foi acionado e levou o homem até ao Hospital Nossa Senhora da Conceição.

Os policiais, então, adentraram no apartamento do homem e localizaram a mulher deitada no chão da cozinha, com sangue nas roupas e aparentemente desacordada. Pouco depois, a mulher acordou e levantou vagorosamente e com dificuldades. Segundo a PM, a mulher relatou que sofreu ameaças de seu companheiro, onde moram juntos, e tiveram uma discussão. A mulher relatou a PM que, durante essa discussão, o homem agarrou seus cabelos, arrastando-a pelo chão enquanto dava chutes e socos nas pernas e rosto. Para se defender, a mulher conseguiu pegar um prato que estava sobre a mesa e arremessou contra o homem, que acabou se ferindo e a largando.

Segundo a PM, a mulher disse que ele saiu do local ameaçando que chamaria um pessoal para a matar. Foi então solicitado que os bombeiros retornassem para prestar atendimento a mulher. Além disso, conforme a PM, no chão da cozinha havia sangue, cacos de vidro por toda parte e chumaços de cabelo. Também havia comida para duas pessoas, um dos dois pratos em cima da mesa e o outro estilhaçado no chão, evidenciando que ambos estavam na cozinha durante o ocorrido. A guarnição ainda afirmou que vizinhos comentaram que ambos estavam em atrito verbal desde o início da noite, aos berros.

Durante o atendimento da mulher ainda no apartamento, os funcionários do hospital fizeram contato via 190 informando que o homem que havia sido levado pelos bombeiros estava agressivo no local. Segundo a PM, o homem não estava acatando o atendimento das enfermeiras e da médica, espalhando sangue por todos os lados e causando tumulto. Com a chegada da guarnição ao hospital, ele estava na porta tentando sair. A polícia afirmou que ele não obedeceu as ordens da guarnição para que se acalmasse e retornasse ao atendimento médico. De acordo com a PM, ele começou a gritar e a se automutilar com socos no rosto e dizendo, na presença de funcionários e pacientes, que os policiais estavam o agredindo.

Tendo em vista que não estava obedecendo as ordens e resistia passivamente, a PM informou que foi necessário fazer controle de contato, algemá-lo e levá-lo até a sala de atendimento. Mesmo na maca, o homem se debatia e falava sem parar, em aparente estado psicológico alterado por uso de drogas. A Polícia Militar de Cocal do Sul prestou apoio no hospital para conter o autor. Os cortes no rosto do homem foram suturados e a mulher passou por exames de raio-x. Após serem liberados do atendimento médico, os dois foram conduzidos à Central Regional de Flagrantes em Criciúma.