Tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista social, a avicultura é de extrema importância para Santa Catarina. De acordo com o analista de socioeconomia e desenvolvimento rural da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, em pontos econômicos, a atividade é a segunda principal geradora de renda no meio rural catarinense, ficando atrás somente da suinocultura. Em termos sociais, a avicultura possui milhares de famílias dependentes e que estão diretamente envolvidas.

Embora seja a segunda principal atividade geradora de renda na agropecuária catarinense, a avicultura é a principal em relação a exportação. “O principal produto exportado por Santa Catarina é a carne de frango. Para você ter uma ideia, no ano passado, foram mais de US$ 2,2 bilhões exportados, ou seja, é dinheiro que entra na economia catarinense e que acaba contribuindo com a solidificação da economia aqui do estado”, destaca. Conforme Alexandre, boa parte desses produtos exportados são criados para a finalidade, já com as exigências específicas de muitos países.

Conforme Alexandre, praticamente todas as regiões do estado produzem frango. Porém, há localidades em que o percentual de produção é muito maior. É o caso do oeste catarinense, que, segundo o especialista, corresponde a 77% da produção estadual. “Se a gente for pensar em outras atividades, outras aves, como é o caso de patos e marrecos, o Vale do Itajaí também é importante. O Planalto Norte também tem uma produção relevante de patos e marrecos, então depende muito da atividade que a gente considera”, comenta. O assunto foi destaque em entrevista, entenda mais:

 

Na avicultura, uma das principais ameaças à população aviária é a transmissão de doenças. Segundo Alexandre, o Brasil de forma geral, e Santa Catarina em específico, vivem em uma situação tranquila comparada a outros países. “A ameaça que atualmente ronda a avicultura mundial é a chamada gripe aviária ou influência aviária. É uma doença que ataca principalmente aves, como o próprio nome diz, mas que também pode ser transmitida para outros animais, mas o foco principal são as aves. Felizmente, Santa Catarina, até o momento, só registrou casos em aves silvestres e um caso em ave de subsistência. Nenhuma avicultura comercial, nenhuma criação comercial até o momento foi atingida. Isso se deve com uma série de protocolos que são cumpridos pelos produtores”, salienta Giehl.

O diretor de defesa agropecuária da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Diego Torres Severo, ressalta o trabalho preventivo realizado pelos diversos órgãos em prol dos produtores de aves. “A nossa visão com a Cidasc é de fazer, de seguir, na manutenção, no alerta sempre contra essas doenças”, afirma. “É uma grande responsabilidade que a gente tem. São mais de 6 mil famílias que vivem disso diretamente”, complementa.