Sete pessoas, entre biólogos, professores e engenheiros, embarcaram em um caiaque e percorreram toda a extensão do Rio Urussanga. Foram mais de 11 horas passando por todo o rio, saindo da região central da cidade de Urussanga até a Barra do Torneiro, em Jaguaruna, totalizando 45 quilômetros. A expedição aconteceu no fim de julho, e os aventureiros puderam conhecer tudo o que há no rio. O urussanguense Alex Ribeiro Mendes, que é biólogo e que atualmente mora em Bom Jardim da Serra, é um dos integrantes do grupo. “Essa aventura de amigos foi fortalecida pela ideia de conservação do Rio Urussanga. Então, nos preparamos para fazer essa expedição, marcamos uma data e fomos nos organizando até chegar esse dia”, comentou Alex em entrevista à Rádio Marconi.

O biólogo ressaltou que o real objetivo foi de desbravar o rio e fazer com que ele se tornasse mais um polo desportivo. Alex explicou que os integrantes do grupo já possuíam experiência de andar com o caiaque. “Nós fomos observando também as características do Rio Urussanga. Nós analisamos a vegetação, analisamos o solo, analisamos a qualidade da água, analisamos toda a biodiversidade, os animais, tudo o que existia ao longo do percurso. Até eu imaginava o rio como mais poluído”, destacou Alex.

O assunto foi destaque durante entrevista na Rádio Marconi com o biólogo Alex. Saiba mais a seguir:

 

Mendes também frisou que tem uma ideia voltada a recuperação do Rio Urussanga. Para o especialista, a expedição teve uma repercussão, despertando o interesse em restaurar o rio. “Eu entrei em contato com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga, encaminhamos algumas imagens para um despertar da restauração. Eu também conversei com o secretário do Meio Ambiente da prefeitura, e ele falou que existem alguns projetos já de algumas entidades que estudam a degradação do carvão e tudo mais”, explicou. O biólogo ressaltou que seria importante que houvesse a união dos órgãos, seja o comitê, as prefeituras, além das universidades e outros pesquisadores, para que o projeto fosse desenvolvido.

Sobre a expedição, Alex comentou sobre alguns pontos onde são observados maior degradação. De acordo com o especialista, ainda há locais em que o esgoto desemboca no rio. “Quando o Rio Urussanga vai se encontrando com outros afluentes de águas limpas também, ele vai se recuperando devagarinho”, afirmou. “Mais próximo do mar, ele se auto recupera com a própria natureza. Eu acredito que se alguns passos fossem tomados, nós teríamos uma recuperação, talvez não 100%, mas ao longo dos anos e também serviria de exemplo”, completou.

O urussanguense Luciano Giordani Schimidtz, da Moon Filmes, realizou um minidocumentário através dos registros feitos pelo grupo. Assista: