Com quase 680 quilômetros quadrados, a Bacia Hidrográfica do Rio Urussanga compreende 10 municípios. Diferentes rios das cidades de Balneário Rincão, Cocal do Sul, Criciúma, Içara, Jaguaruna, Morro da Fumaça, Pedras Grandes, Sangão, Treze de Maio e Urussanga desembocam no rio que leva as águas até o mar. Existe um comitê que promove ações de forma deliberativa em prol da bacia. Este comitê é formado por usuários de água, sociedade civil e organizações ligadas ao governo. “O comitê da Bacia do Rio Urussanga foi o último a ser institucionalizado no estado, isso aconteceu em 2006”, ressalta o vice-presidente do comitê, Fernando Damian Preve Filho.

Entre as ações que o comitê desenvolve, a presidente Lara Possamai Wessler destaca a elaboração de uma política hídrica de segurança, que está sendo desenvolvida em conjunto com a Diretoria de Meio Ambiente de Urussanga. Além disso, o órgão promove assembleias que são abertas para a população, onde são debatidos diversos assuntos. O tema foi abordado em entrevista no programa Ponto de Encontro com Lara e Fernando. Saiba mais sobre a atuação do comitê:

 

Os representantes do comitê ressaltam que os que fazem parte do comitê atuam de forma voluntária. Fernando também reforça que o comitê precisa de recursos por parte do Governo do Estado. Além disso, o vice ainda comenta que, infelizmente, a Bacia do Rio Urussanga tem sua água poluída. Isso se deve, além da poluição provocada pelas próprias pessoas, pela mineração, que contaminou a água em algumas regiões. Larissa também salienta sobre o desassoreamento de algumas regiões, que deve ser feito de forma preventiva, e não como um paliativo que pode ocorrer novamente. “Tanto preservar quanto recuperar as áreas que necessitam são duas ações importantes”, afirma.

Para Fernando, a importância sobre a água deve ser ensinada desde cedo, nas escolas. “Ou a gente vai aprender pelo amor ou vai aprender pela dor. Na hora que a gente tiver dificuldade com água, aí a gente talvez passe a valorizar um pouquinho mais”, comenta. “Essas falas sobre a necessidade de a gente cuidar dos recursos hídricos têm que ser multiplicadas, elas têm que ser exponencialmente divulgadas, para que as pessoas entendam que sem a água a gente não vai viver”, acrescenta.