O fim de ano costuma ser um período tenso para os animais. Isso porque é comum que as pessoas estourem fogos de artifício, principalmente com a virada de ano. Apesar do barulho não incomodar muitas pessoas, o estouro causado pelos fogos pode gerar diversos prejuízos aos animais, tanto os domésticos como os silvestres. De acordo com a médica veterinária da Agropet Dandolini, Brenda Lagarreta, o sistema auditivo dos cães podem captar sons de até 40 mil hertz, enquanto o dos humanos é a metade, sendo 20 mil hertz.

A especialista destaca que é comum, nesta época do ano, o aumento de ocorrências de acidentes e desaparecimento de animais. Por conta do barulho, o animal acaba se assustando e busca uma maneira de se esconder, podendo fugir da residência de seu tutor. Além disso, caso ele esteja amarrado, ou em locais mais altos, podem ocorrer situações delicadas. O assunto foi abordado em entrevista no programa Ponto de Encontro com a médica Brenda e com a proprietária da Agropet, a Dani Dandolini. Ouça na íntegra:

 

Conforme Brenda, é necessário “acostumar” o cão aos barulhos para evitar acidentes. Segundo a veterinária, uma dica é seguir técnicas de dessensibilização, que devem ser aplicadas desde filhotes. “Colocar durante o dia o som de fogos na TV em volume baixo, e conforme o animal for acostumando, aumentar”, comenta. “Outra opção é associar o barulho a algo positivo, por exemplo, no momento de alimentação, colocar algumas pedrinhas dentro de uma garrafa pet e provocar barulho enquanto o animal come”, complementa. A técnica pode ser usada em animais já adultos, porém de forma mais branda, o que pode durar mais tempo até que ele se acostume.

Caso o tutor estiver viajando e não for possível ficar com o cão, uma dica é deixar o animal em um local fechado, sem estar amarrado. Além disso, uma recomendação é deixar uma peça de roupa com o cheiro do tutor para fazer com que o cão se sinta mais seguro. “Existe também a técnica do ‘tellington touch’, que consiste em envolver o animal com faixas de tecido, gerando uma pressão que resulta na ativação do sistema nervoso autônomo do animal. Essa ação pode promover maior sensação de segurança e tranquilidade para os pets”, ressalta Brenda.

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