Todas as pessoas têm um certo nível de ansiedade, já que ela é uma emoção natural. Essa emoção indica um perigo a ser enfrentado, ou seja, vem do próprio medo. Porém, de acordo com a psicóloga Aliny Dagostin, da Unimed Criciúma, o medo é baseado em algo mais real e concreto: medo de um animal, por exemplo. Já a ansiedade é algo imaginário, voltando para suposições de ações que podem acontecer, como o nervosismo para uma viagem. No entanto, a ansiedade patológica é um estado mais crônico, no qual os sintomas são descompensados e sem motivação. “Eu passei por uma pessoa, olhei para ela e ela não olhou muito bem. O que a ansiedade patológica vai fazer? Vai imaginar”, exemplifica. “Será que essa pessoa não gosta de mim? Será que eu fiz algo de errado? E aí eu começo a entrar nesse ciclo e fazer com várias outras coisas, eu começo a ficar inseguro comigo mesmo, com as situações”, complementa a especialista.

A partir do momento que essas situações começam a atrapalhar as relações da pessoa, seja no trabalho ou no pessoal, deve-se procurar apoio. “Emoções todo mundo tem. Ansiedade todo mundo tem. Estresse todo mundo tem. A partir do momento que isso começa a atrapalhar a tua vida, de qualquer forma – eu estou muito explosivo, eu não consigo me relacionar no meu casamento, isso está me atrapalhando, eu não sei lidar com os meus filhos, eu chego chorando em casa porque está me esgotando, – quando atrapalha a tua vida é quando precisa buscar auxílio”, reforça a psicóloga. Aliny também comenta que, antigamente as pessoas costumavam falar sobre seus problemas para outros em busca de ajuda e conselhos. “Hoje eu tenho que estar super bem e mostrar que eu tô perfeito, e o outro também mostra. A gente fala da sociedade do desempenho, isso é extremamente prejudicial para a nossa saúde mental, porque a gente precisa ter pessoas reais do nosso lado, que têm problemas também, para que a gente possa se abrir, conversar e ter relações reais”, destaca.

Foi pensando nesse fato de que a sociedade atual está tão acelerada e ansiosa, que a Unimed Criciúma está promovendo a campanha “Vai com calma, a vida é uma”. De acordo com a jornalista Caroline Sartori, assessora de imprensa, a campanha foi pensada pela própria diretoria. “O Brasil é o país que mais tem casos de ansiedade e qual a intenção da campanha? Não é que tu deixe de fazer alguma coisa, é que tu faça aquilo ali de uma forma mais tranquila”, comenta. Para falar mais sobre ansiedade, estresse, saúde mental e da campanha da Unimed Criciúma, Aliny e Caroline participaram de uma entrevista especial no programa Ponto de Encontro. Ouça na íntegra:

 

Segundo Aliny, há questões genéticas relacionadas à ansiedade, mas a parte principal é a comportamental. “Se eu tenho pais ansiosos, eu vou aprender, ao longo da vida, a me comportar como eles”, afirma. “Minha mãe é explosiva, eu tenho grande chance de ser explosiva. O meu pai é inseguro, eu tenho chance de ser inseguro. Então a gente vai imitando isso e vai gerando, pode gerar um transtorno futuro”, acrescenta a psicóloga da Unimed Criciúma. Como está ligada ao medo, a ansiedade apresenta sintomas físicos, como suor nas mãos, palpitação, falta de ar, dores de cabeça e até gastrite e bruxismo podem ser observados em alguns casos. Para lidar com o problema, segundo a psicóloga, é possível utilizar técnicas de respiração, encontrar pensamentos que trazem segurança e buscar apoio de uma pessoa próxima. “O maior antídoto para a ansiedade é o afeto, às vezes o fato da pessoa estar do teu lado te traz um afeto, transmite segurança”, salienta.

Com o objetivo de ajudar pessoas que estão lidando com ansiedade e estresse, a Unimed Criciúma promove oficinas sobre o tema com os beneficiários do plano. “A Aliny, que é psicóloga, trabalha muito com esse grupo, voltado na prevenção e para mostrar para as pessoas que eles não estão sozinhos, que eles têm ajuda”, pontua Caroline. De acordo com Aliny, o grupo participa de seis encontros onde compartilham experiências pessoais em um ambiente de acolhimento. Os encontros acontecem todas as segundas-feiras, a partir das 18h30, com 1h30 de duração. Os interessados podem se inscrever na oficina através de um formulário CLICANDO AQUI.