Aos sete meses de gestação, Fabiana Coimbra descobriu que sua filha tinha cardiopatia congênita. Escritora, Fabiana estava finalizando um livro sobre as mães que passam períodos com os seus filhos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Quando sua filha tinha seis meses de idade, Fabiana precisou acompanhar ela na sua segunda cirurgia. “Do lado dela tinha um menino de 4 anos, ele ia passar por uma cirurgia e ele ficava perguntando para a mãe dele: por que mãe? Por quê? Eu quero ir embora mamãe. E a mãe dele engolindo aquele choro, não sabia explicar para ele, e eu pensei, a minha filha é cardiopata, eu vou passar por alguns procedimentos com ela, como eu vou explicar isso?”, relembra.
Naquela mesma noite, Fabiana escreveu o livro “Maju, As Aventuras de Uma Coração Valente”. Para a autora, o livro conta com três pontos principais: o processo cirúrgico; medicamentos para a criança; e as cicatrizes das crianças. “Esse livro passa em forma lúdica as aventuras da Maju. Ela é uma pequena personagem que ela nasce com um machucadinho, e aí ela começa esse tratamento para ir até a terra da cura, que é aí onde começa essa aventura toda”, fala. “É muito difícil dar medicamento para a criança. Então, ali mostra, de uma forma lúdica também para a criança, o ‘olha, é preciso tomar o remédio'”, acrescenta. “Geralmente, nesses processos, elas ficam com grandes cicatrizes. Então, o foco aqui é que elas tenham orgulho dessa cicatriz dela”, reforça.
Conforme Fabiana, o livro tem o objetivo de explicar melhor para as crianças essas situações que envolvem a saúde, mas com leveza. “O foco principal do livro é que toda criança precisa acreditar no poder da cura, e é justamente isso, sabe? Porque como elas vão passar passar por esses processos, esses procedimentos, muitas vezes elas ficam meses internadas em hospitais. É muito fora da bolha do que as crianças convivem. Então, elas criam laços de amizade dentro dos hospitais, porque muitas ficam meses, anos, às vezes esperando até mesmo um transplante. Então, a ideia é mostrar para ela que essa esperança da cura existe, ela está ali por um propósito. É muito tentar amenizar um pouco todo esse processo doloroso e difícil”, comenta.
A escritora Fabiana participou de entrevista no programa Ponto de Encontro e falou mais sobre o seu livro. Ouça:
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