Conhecida popularmente como tosse comprida, a coqueluche é uma doença respiratória que afeta o nariz, garganta e os pulmões. Recentemente, vários países registraram o aumento de casos da doença, que pode ser prevenida através da vacina. A baixa cobertura vacinal contra diversas doenças tem auxiliado para o aumento dos números da coqueluche. De acordo com a médica infectologista Renata Zomer, a doença causa tosse intensa, gerando inclusive dificuldades para respirar. “Mas ela também pode vir com febre, com coriza e até em alguns casos com vômitos depois de tossir, porque tosse tanto que aí até provoca a possibilidade de vômitos”, destaca.
Conforme a especialista, a diferença da coqueluche para outras doenças realmente é a tosse prolongada. “A gripe normalmente vai de 7 a 10 dias, e a coqueluche pode durar mais tempo”, afirma. “É uma doença que precisa de testes laboratoriais para que a gente consiga identificá-la, não só pelo exame físico e clínico, mas também por testes laboratoriais. É uma doença que pode levar a complicações graves, principalmente em crianças pequenas e bebês”, acrescenta a especialista. Segundo a infectologista, a coqueluche em crianças mais novas pode levar a complicações, como pneumonia, convulsão e lesão cerebral. Em alguns casos raros, a tosse gera falta de oxigênio, podendo ser fatal. O assunto foi abordado em entrevista, ouça mais:
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, sendo transmitida pela gotícula de saliva. “Até vale a pena ressaltar que, como as crianças são pequenininhas, os bebês mesmo, hoje em dia as mães, as gestantes acima de 20 semanas de gestação, estão indicadas a tomar a vacina contra a coqueluche, que é a DTPA, que é a vacina tríplice bacteriana acelular”, explica. Segundo a doutora Renata, todas as pessoas que tiverem contato com a criança podem tomar a vacina: pais, avós e até babás. Além da vacina, hábitos de higiene são extremamente necessários: lavar as mãos, colocar o braço no rosto ao espirrar e tossir e usar máscara.