O Parkinson é uma doença neurológica na qual suas manifestações podem variar de pessoa para pessoa. No geral, os sintomas envolvem tremores em algum membro do corpo, redução da movimentação, como lentidão e dificuldades para caminhar, além de rigidez muscular e problemas na deglutição. De acordo com Pedro Carlos Mendes, vice-presidente do Núcleo de Apoio ao Parkinsoniano (Stabile), em Criciúma, outras alterações envolvem distúrbios respiratórios, urinário e de sono.
Conforme Pedro Carlos, a Stabile foi fundada com o objetivo de dar suporte aos pacientes com a doença. “O Parkinson é extremamente incapacitante e tem muitos familiares que, às vezes, demoram a aceitar. O próprio paciente demora às vezes aceitar. Então, nós temos essa base, esse pilar aqui que é para mostrar para o portador da doença de Parkinson que isso não é o fim e que ele não está sozinho, ele pode recorrer à Stabile, que nós estamos de braços abertos para acompanhar ele para combater essa doença tão triste”, comentou.
O vice-presidente da entidade destacou que 50% do tratamento do Parkinson é medicamentoso, sendo que o restante depende de atividades físicas e funcionais. “O portador de Parkinson tem que ter consciência de que ele tem que se movimentar sempre, porque quanto mais parado ele fica, mais rígido ele vai ficar”, contou. Segundo Pedro Carlos, a Stabile conta com a parceria da Unesc, que auxilia com atendimentos em fisioterapia e outras atividades. O assunto foi abordado com mais detalhes em entrevista no Ponto de Encontro. Confira:
A entidade atende pessoas de Criciúma e região. Conforme Pedro Carlos, existem aproximadamente 700 pessoas com Parkinson na Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). “Só na região de Criciúma, em 2023, passaram nos postos de saúde da rede SUS 490 portadores com diagnóstico confirmado”, afirmou. “Nós estamos buscando identificar essas pessoas”, disse ainda. Dessa forma, a Stabile estará promovendo ações na região. Uma dessas ações acontece neste sábado, dia 5, na praça Nereu Ramos, das 13h30 às 16h. “Nós vamos ter a presença de dois médicos especialistas no assunto, dois neurologistas, uma fonoaudióloga. Nós vamos estar ali com faixas, vamos fazer uma panfletagem e vamos estar ali atendendo as pessoas que nos procurarem”, explicou.
Mendes ainda salientou que todas as doenças neurológicas são complexas, mas que o Parkinson é confundido com outras demências. “Quando a pessoa tem qualquer sintomas, é fundamental que ela procure um médico neurologista clínico que seja especializado em doenças neurológicas, porque esses profissionais têm condições de definir rapidamente esse diagnóstico e essas diferenças”, reforçou. Abril é o mês de conscientização do Parkinson, que tem como símbolo uma tulipa vermelha. Conforme Pedro Carlos, a flor foi escolhida por Jamie Parkinson, quando descreveu a doença pela primeira vez em 1817.
No caso da Stabile, referente ao tratamento, a entidade faz todo o amparo necessário. “Em um primeiro momento, faz o acolhimento e procura a família, passa todas as orientações dos cuidados que tem que se tomar, enfim, a gente fica dando suporte até a pessoa cair na realidade, porque ao receber um diagnóstico de Parkinson, geralmente a pessoa fica sem chão e fica achando que o desafio é insuportável, mas nós já temos aqui um grupo que faz a orientação, o acompanhamento, e nós indicamos as melhores formas da pessoa ter uma qualidade de vida melhor. O nosso objetivo sempre é mostrar tanto para o portador como a família que o parkinsoniano não está sozinho, que ele tem nós aí para dar suporte e acompanhar ele nessa saga”, disse.
Confira:
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