Santa Catarina não estuda a possibilidade da instalação de um Consulado da Itália no estado, e sim, a abertura de uma representação consular. A explicação é do presidente do Comitê dos Italianos no Exterior (Com.it.ES), Eduardo Bonetti. Isso porque nos últimos dias foi noticiado, tanto por parlamentares como pela imprensa, sobre a instalação do consulado. As tratativas se deram com a viagem de uma comitiva de deputados que esteve na Itália para tratar de diversos assuntos, entre eles a representação consular. A divulgação de que se tratava de um consulado no estado fez com que o Com.it.ES emitisse uma nota para esclarecer a informação.

Em entrevista, Eduardo explicou que no ano passado o comitê protocolou ao cônsul geral um pedido de abertura de um escritório de representação consular em Florianópolis. “É como se fosse um guichê de atendimento, mas não é só isso, é um braço do Consulado de Curitiba em solo catarinense, uma extensão, uma espécie de filial que ficaria ainda sob jurisdição de Curitiba”, esclareceu. “As tratativas que estão caminhando é para a abertura de uma representação consular, não de um consulado”, complementa. O assunto foi destaque em entrevista no programa Comando Marconi com o presidente Eduardo. Entenda:

 

Bonetti ainda destacou que o consulado para Santa Catarina é uma batalha antiga e uma causa muito complexa. “O consulado em Florianópolis significaria uma ruptura com Curitiba. Resultaria, digamos, em uma divisão de jurisdição, da circunscrição que a gente chama. A atual gestão do comitê, esse órgão, percebeu que era preciso mudar a estratégia, de começar lá de baixo, porque, afinal de contas, o cidadão italiano que tem que lidar com meses de espera para ter um passaporte emitido aqui na nossa jurisdição ele não quer saber se quem vai atendê-lo é um cônsul, é um correspondente, é um agente consular honorário ou de carreira, se é nascido aqui, se é nascido lá, o cidadão quer o serviço prestado, de preferência o mais rápido possível. Então o que nós precisamos em Santa Catarina, a curto prazo, não é um consulado, não são mais títulos, mas sim um espaço onde ele possa ser recebido”, esclareceu.