A escolha de um método contraceptivo varia conforme a necessidade de cada paciente. De acordo com a ginecologista Bianca Pellegrin, cada mulher precisa ser ouvida para entender qual é a realidade dela. A especialista ainda esclarece que os métodos contraceptivos têm o objetivo de evitar uma gravidez. “Eu não quero engravidar neste momento, então eu tenho que pensar em métodos contraceptivos para que eu não tenha uma gravidez agora, que não é a hora”, comenta. Conforme a doutora, existem os métodos definitivos, que são as cirurgias, e os reversíveis, como o preservativo, pílula anticoncepcional e outros. Além disso, Bianca alerta que o único método que também previne Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) é o preservativo. Por isso, a recomendação é utilizar um método contraceptivo associado junto com o preservativo.

A ginecologista afirma que é importante que a paciente conheça todas as possibilidades de métodos disponíveis, sabendo também os possíveis efeitos colaterais. “Às vezes ela vem com a ideia de algum método contraceptivo porque alguém usava e descobre que, na verdade, ela tem contraindicação, ela nem pode aquele método contraceptivo. Então, é interessante que a gente tenha essa conversa, que a gente entenda o que é cada método, como é que funciona, quais são os efeitos além da contracepção, para depois eu poder escolher”, salienta. O assunto foi abordado com mais detalhes em entrevista com a doutora Bianca no programa Ponto de Encontro. Ouça e saiba mais:

 

A idade da paciente também influencia na escolha do método. Mulheres que desejam engravidar futuramente, após anos, podem escolher um Dispositivo Intrauterino (DIU), que dura de cinco a dez anos, ou até mesmo um Implanon, que tem duração de três anos. Conforme Bianca, esses métodos de longa duração são recomendados para mulheres mais jovens. Além disso, a ginecologista destaca que qualquer método contraceptivo possui um período de adaptação. “Seja qual o método que eu comecei, os primeiros quatro a seis meses eu posso ter alguns sintomas que não necessariamente vão permanecer. Então, às vezes, uma irregularidade menstrual, às vezes, uma dor de cabeça, às vezes, alterações que neste momento, nesta primeira, segunda cartela, eu estou sentindo, mas que depois não vai acontecer”, esclarece.

A doutora ainda menciona os métodos comportamentais, que possuem uma taxa de falha muito alta e que podem resultar em uma gestação indesejada. É o caso do conhecido método de tabelinha, que a mulher monitora a menstruação para saber quais dias não são férteis, o coito interrompido e o muco cervical. Bianca ressalta que esses métodos não são garantidos e que o ideal é utilizar formas mais confiáveis, como o preservativo, anticoncepcional, DIU, Implanon e outros.

Confira também: