A temporada de concertos deste ano da Camerata di Venezia foi aberta em abril. Até o final do ano, o grupo realizará um total de 20 apresentações, sendo 10 na cidade de Nova Veneza e o restante em dez municípios do Sul catarinense. A temporada é viabilizada através da Lei de Incentivo à Cultura do Governo Federal, na qual empresas privadas destinam valores ao projeto por meio da isenção do imposto de renda. Criciúma, Içara, Laguna, Araranguá, Morro da Fumaça, Orleans, Urussanga, Lauro Müller, Tubarão e Cocal do Sul são as cidades que receberão a Camerata.

O maestro Luiz Fernando São Thiago explica que o grupo possui, atualmente, 18 integrantes. O responsável ainda ressalta a importância de ter a Camerata no Sul do estado, no qual todos os membros são da região. Desde música erudita ao pop rock, a orquestra de cordas equilibra os repertórios com o objetivo de emocionar todas as pessoas. O assunto foi destaque em entrevista com o maestro Luiz Fernando no programa Ponto de Encontro. Ouça:

 

Luiz Fernando destaca que o equilibro do repertório também está ligado a um movimento cultural. “Quando a gente toca, por exemplo, o tema do Piratas do Caribe, ou o tema dos Vingadores, aquela criançada que está ali vai à loucura, a criançada adora. Aí, eles olham e pensam: ‘eu quero tocar violino’. E aí, começa a se criar em torno da orquestra um movimento cultural que atinge de verdade a população. Porque aqueles músicos vão, viram professores, as crianças viram alunos. Começa a ter um movimento musical, começa a ter criança tocando em casa, os pais começam a ir também acompanhar os filhos”, comenta.

Em 2022, a Camerata di Venezia se apresentou em Urussanga, na Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição. Neste ano, o grupo deverá se apresentar novamente no dia 28 de julho, também na igreja. Sobre a apresentação do ano passado, o maestro Luiz Fernando destaca a presença do público. No dia, o grupo tocou uma música clássica e bem complexa. “A reação do público foi extraordinária, foi emocionante. Eles aplaudiram de pé no meio do concerto, não foi no final. Eles sentiram aquela música, entenderam aquela música”, ressalta. “Nós não podemos também subestimar os públicos achando que eles não vão entender aquelas obras porque elas são mais densas. O que eu tenho visto é o contrário”, acrescenta.

 Confira:

Acompanhe a Camerata di Venezia no Instagram @cameratadivenezia