O Dia Internacional da Internet Segura é celebrado nesta terça-feira, 7 de fevereiro. O objetivo da campanha é promover a conscientização sobre a segurança na internet e ajudar as pessoas a usarem de forma mais segura. Além disso, a data busca proteger as pessoas, especialmente as crianças, adolescentes e idosos, contra ameaças online, como o cyberbullying, a exposição a conteúdo inapropriado, golpes virtuais e a violação de privacidade.

Com a popularidade da internet crescendo rapidamente, é importante garantir que as pessoas estejam cientes dos riscos e saibam como se proteger. O professor Paulo José Spaccaquerche, presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (ABINC), destaca a necessidade de que os pontos de acesso à internet estejam preparados para proteger contra invasões de hackers e outras ameaças à segurança. “A gente não percebe mais tudo a gente está usando internet, seja para comprar, seja para ouvir o rádio agora, seja para ver uma televisão. O que significa isso? Você tá navegando por uma rede e tá entrando em determinados pontos que a gente chama de pontos de acesso. Esses pontos de acesso precisam estar preparados para que nenhum hacker, nenhuma outra função estranha apareça para roubar essas informações. Então, hoje é uma corrida de todas as tecnologias buscando mecanismos de impedir essa invasão”, explica o professor com mais de 35 anos de experiência profissional na área.

A internet é um ambiente rico em possibilidades, por isso é importante que os pais monitorem o que as crianças estão vendo e acompanhem os acessos virtuais dos filhos da mesma forma como é feito na vida real. De acordo com Paulo Spacca, existem vários dispositivos que os pais podem usar para cuidar das crianças na internet. “Existem mecanismos para você controlar, por exemplo, quando você tem uma televisão a cabo e você simplesmente codifica determinados canais. Esses canais você não entra desde que tenha uma senha definida e eu não vou distribuir essa senha para ninguém. Na internet e nos browsers, seja Google, seja Edge, seja lá qual for desses browsers que você coloca, você pode definir que determinadas páginas elas não possam ser acessadas. Então, tem um mecanismo, sim, que você proíbe determinadas páginas através do seu link para não acessá-las”, frisa o especialista.

Em comemoração ao Dia da Internet Segura, o Ponto de Encontro conversou com Paulo Spacca sobre a importância da proteção online e as medidas que podem ser tomadas para garantir a segurança na era digital. Ouça a entrevista completa no player abaixo:

 

Com tantos aspectos do dia a dia tendo lugar entre telas e teclados, o programa abordou ainda as novas tecnologias, entre elas o 5G. A oferta do serviço de tecnologia 5G é apenas uma das ferramentas inovadoras que estão revolucionando a maneira como as informações são transmitidas e acessadas, oferecendo mais velocidade e capacidade de conexão. “O 5G é uma evolução. Vamos dizer assim, não é uma melhoria do 4G, nós estamos falando de uma tecnologia totalmente nova, que não tem nada a ver com o 4G. O 5G ele veio para ficar, é um grande impulsionador da internet das coisas. Ele vai facilitar muita coisa, o 5G fornece, principalmente o que a gente chama de latência. A latência é o tempo de você fazer uma pergunta e receber a resposta em milissegundos. Então, hoje você tem uma latência muito baixa com o 5G, entretanto, ele requer uma infraestrutura que ainda nós não estamos totalmente preparados. Faltam equipamentos, a própria crise mundial impediu que alguns equipamentos a gente tivesse disponibilidade para se instalar tudo. Existem outras fases da implantação do 5G que são as antenas. Existe uma lei chamada ‘Lei das Antenas’ e todas as cidades têm que se preparar para isso, tem que passar na Câmara de Vereadores para aprovar. Você imagina que cidades grandes não tem essa lei ainda aprovada, o que impede que as operadoras comecem a implementar esses equipamentos para ter uma infraestrutura de 5G”, esclarece o presidente da ABINC.

Muitas pessoas ainda pensam no 5G apenas como uma nova rede de telefonia móvel, mas o especialista em tecnologia acredita que o 5G vai além disso. Em sua opinião, o 5G é, na verdade, uma plataforma de conectividade que abre novas possibilidades e oportunidades para a sociedade. “Tem uma frase que em todo lugar eu coloco que é ‘5G não é telefonia. 5G é conectividade’. Você vai se conectar com um sensor aqui e outro ali para que eu tenha no meu negócio uma resposta muito mais rápida e ter uma eficiência muito maior”, afirma.

Internet das Coisas

A Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês) é uma rede de objetos conectados à internet, com sensores e tecnologias de comunicação sem fio, que coletam e trocam dados. É amplamente utilizada em vários setores para melhorar a eficiência e resolver problemas. No entanto, a IoT também cria novos desafios em termos de segurança, privacidade e regulamentação, e é importante tomar medidas para proteger a privacidade e segurança online.