A estação mais aguardada do ano é acompanhada de sol, praia, piscina e atividades ao ar livre. Muitas pessoas resolvem descansar e aproveitar para curtir as férias no calor e clima quente. No entanto, a influência do verão na rotina pode apresentar algumas mudanças no nosso corpo que acabam afetando o coração. “Nos dias muito quentes acaba que o nosso organismo ele é muito inteligente, ele tá sempre usando mecanismos para manter o equilíbrio do próprio corpo. Então manter o equilíbrio do próprio corpo quer dizer tu manter uma temperatura corporal adequada”, explica a médica cardiologista Fernanda Tavares. “Acontece que o corpo acaba fazendo uma vasodilatação, ou seja, dilata os vasos para perder temperatura, que um dos mecanismos é através do suor, e manter essa temperatura corporal estável ou constante. Só que quando a gente faz uma vasodilatação nos vasos a tendência é ter uma queda da pressão, os níveis pressóricos ficarem mais baixos, e, é nessa queda da pressão, nos dias muito quentes, que os pacientes podem ficar sintomáticos”, ressalta a doutora.
De acordo com a especialista, os idosos devem redobrar os cuidados para evitar problemas de saúde comuns nesta época do ano, como a desidratação. “Não são todos que sentem os efeitos do calor, mas principalmente pacientes mais idosos, que às vezes já tem uma privação de líquido, não tomam tanta água, e tem uma pressão mais limítrofe, ou os pacientes que usam medicamentos, aqueles pacientes que estão com a pressão bem controlada, às vezes mais que um anti hipertensivo. Acaba que no verão a pressão tem uma queda maior e ficam mais sintomáticos. Pacientes diabéticos mais velhos, assim idosos sofrem um pouquinho mais nesses dias quentes”, frisa a médica Fernanda, que atende na Cardiof Clínica de Cardiologia.
A doutora conta que muitas pessoas acabam tendo mal-estar durante esse período mais quente do ano, sendo comum acontecerem casos associados aos altos índices de temperatura. “Os sintomas mais comuns realmente são tonturas, fraqueza, sensação de desmaio, moleza no corpo, uma vontade de ficar no sofá o tempo todo. Isso são as queixas principais dos pacientes”. Em entrevista no programa Ponto de Encontro, Fernanda apresentou dicas para sofrer menos com as altas temperaturas. “A gente sempre orienta aumentar o aporte hídrico, ou seja, beber mais água nesses dias mais quentes para evitar a desidratação. Quando a gente perde calor a gente sua mais e acaba perdendo água e sais minerais através do suor. Então, se manter bem hidratado, salvo aqueles pacientes que tem alguma doença cardíaca importante, que não podem beber tanto líquido durante o dia, mas de modo geral, evitar desidratação e se alimentar de uma forma saudável”, pontua.
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Segundo a doutora, por ser um período propício para o lazer, especialmente com o aumento da vontade de sair da rotina e realizar atividades ao ar livre, os cuidados com a saúde acabam sendo deixados de lado. “No verão, a gente tem uma tendência de se desregrar nesse aspecto, porque você tá na praia, às vezes tem mais reunião com amigos, reuniões com familiares, é férias… Então acaba saindo da rotina, não fazendo atividade física, e, comendo, ou bebendo um pouco exageradamente. Então tentar manter uma alimentação saudável, evitar exposição, evitar trabalhar ou fazer atividade física em locais muito quentes, ou nos períodos onde o sol é mais forte. É preciso ter um cuidado especial. Evitar também jejum prolongado que é uma coisa que às vezes as pessoas fazem e pode acabar prejudicando”, finaliza.
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