Desde o final de dezembro, alguns municípios do litoral de Santa Catarina registraram um aumento no atendimento de pacientes com quadro de gastroenterite. Municípios do litoral, principalmente do norte, estão registrando casos de pessoas com diarreia, vômitos, dor abdominal e febre. Florianópolis, por exemplo, está em situação epidêmica de diarreia. De acordo com o médico infectologista e superintendente de Vigilância em Saúde, doutor Fábio Gaudenzi, existem um conjunto de fatores que podem estar ocasionando esse aumento.

Conforme o especialista, o verão propicia esse aumento de quadros de gastroenterites. “Tem o enterovírus, que são vírus que têm como característica esses sintomas gastrointestinais e que tem várias formas de transmissão, como a ingestão de alimentos, de água contaminada, o uso de água recreativa também, na praia, rio, em uma lagoa contaminada”, explica o infectologista. “Nós temos diarreias que podem ser causadas pela ingesta, por exemplo, de alimentos inadequadamente armazenados, inadequadamente preparados, que acabam se contaminando com a presença de bactérias”, completa.

Além disso, o doutor Fábio destaca que há casos em que a pessoa consome alimentos diferentes e que podem causar alergias alimentares, ocasionando diarreias. “A gente tem múltiplos fatores e que precisam de múltiplos cuidados das pessoas para evitar de ficarem doentes nesse período”, reforça. O programa Comando Marconi abordou o assunto em entrevista com o especialista Fábio. Ouça na íntegra:

 

O infectologista frisa também para que as pessoas se atentem a idade da pessoa que está apresentando os sintomas. “Os extremos de idades têm um risco muito grande de se desidratar facilmente. Então crianças pequenas e idosos podem acabar evoluindo para uma desidratação, e formas mais graves da doença, precisando até de internação”, comenta. O atendimento em saúde deve ser procurado caso a pessoa apresente os sintomas, para que ela inicie o tratamento adequado.

Para prevenir as doenças diarreicas agudas, é importante

  • Lavar as mãos com frequência ou usar álcool em gel, especialmente antes e depois de utilizar o banheiro, trocar fraldas, manipular e preparar alimentos, amamentar e tocar em animais;
  • Beber bastante água desde que seja filtrada, tratada ou fervida. Não consumir água sem saber a procedência;
  • Não utilizar gelo de procedência desconhecida;
  • Não consumir alimentos fora do prazo de validade, mesmo com boa aparência;
  • Alimentos deteriorados, com aroma, cor ou sabor alterados, não devem ser consumidos;
  • Não consumir alimentos em conserva se as embalagens estiverem estufadas ou amassadas;
  • Evitar o consumo de alimentos crus ou malcozidos, principalmente carnes, pescados e mariscos, ou de procedência desconhecida;
  • Embalar adequadamente os alimentos antes de colocá-los na geladeira;
  • Não tomar banho em águas de praias impróprias/poluídas;
  • Higienizar frutas, legumes e verduras com solução de hipoclorito a 2,5% (diluir uma colher de sopa de água sanitária para um litro de água por 15 minutos, lavando em água corrente em seguida para retirar resíduos);
  • Lavar e desinfetar superfícies e utensílios usados na preparação de alimentos.

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