Além do contato com a natureza, o escotismo é responsável por desenvolver diversas habilidades em crianças, adolescentes e adultos. O Dia do Escoteiro é lembrado neste dia 23 de abril, destacando a importância da área a nível mundial. De acordo com o diretor Nacional de Gestão Estratégica dos Escoteiros do Brasil, Celsinho Menezes, a data significa muito para quem vive o escotismo no dia a dia. “Eu sou escoteiro desde os meus 6 anos de idade, faz 36 anos, e eu tenho convicção de que muitas das virtudes que eu adquiri, dos bons hábitos, muitos dos lados positivos das minhas características pessoais foram adquiridas no movimento escoteiro”, ressalta.

Conforme Celsinho, o escotismo foi criado com o objetivo de fazer com que os jovens aprendam a viver em sociedade, liderando e sendo liderados. “A gente faz lá nesse acampamento, nas atividades de sede no final de semana, uma série de atividades que fazem com que esse jovem antecipe situações de vida”, explica. “Quando ele está lá na vida adulta, ele já se deparou com o desafio, com a negação, com uma frustração, ele já se deparou com a necessidade de tomar uma decisão, de liderar”, acrescenta. “Ser escoteiro é motivo de muito orgulho e é uma missão de vida para mim”, frisa ainda Celsinho. O assunto foi tema de entrevista no Ponto de Encontro. Ouça:

 

Menezes também esclarece que o foco educacional do escotismo é a lição para a vida. Porém, para os mais jovens, o grupo busca desenvolver atividades criativas que envolvam a aventura, como trilhas, rapel e o uso de mapas. “Hoje, com esse diferencial, porque as crianças estão cada vez mais conectadas em um aparelho, na televisão, no computador, no tablet e no celular principalmente. A gente traz eles para esse contato com a natureza e acaba sendo algo diferente que talvez para algumas gerações atrás subir em árvores, estar em contato com a natureza, era mais normal, hoje já não”, comenta.

Segundo o representante, o escotismo é dividido em quatro ramos diferentes conforme as idades dos participantes. Dos 6 aos 11 anos, são os conhecidos lobinhos, no qual se é trabalhado a socialização. Dos 11 aos 15, o foco é na aventura e autonomia. Dos 15 aos 17 anos, são os seniores e guias, focando em desafios e autoconhecimento. Já dos 18 aos 21 anos é focado mais em serviços comunitários. “Depois de adulto, quando tu consegue perceber o cunho educativo daquelas atividades realizadas, a gente consegue perceber o quanto isso fez diferença na nossa formação”, frisa Celsinho.

Em Santa Catarina, cada município possui o seu grupo de escoteiro. “O escotismo é uma instituição sem fins lucrativos, ele é apartidário, é aberto a todas as religiões”, destaca. Os interessados em participar do grupo podem buscar mais informações sobre os escoteiros de sua cidade. CLICANDO AQUI é possível verificar também o site oficial dos escoteiros do Brasil.